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32. 1:

VOCABULÁRIO

abraçados (. . abraçar ) guitarra ƒ
inconfundível adj , acompanhar vt
adulteração ƒ , musicólogo m
alternar vt , ondulante adj
amora ƒ ondular vt ,
balançar -se vr ( ) persistir vi . ()
canção ƒ quadra ƒ
cantar m , romaria ƒ ,
controverso adj coral m ,
seara ƒ ( ), dança ƒ
serenata ƒ ; dolente adj , ,
terno adj fado ( )
viola ƒ () xaile m ,

(2$50), , , -, 25 tostões, :

Um tostão é igual a dez réis.

Um escudo é igual a dez tostões.

há (houve) quem + , Modo Conjuntivo, . há (houve) quem -, , -.

Há quem considere o folclore da Beira Baixa semelhante ao russo. , .

Houve quem mo tivesse dito. - .

33. 1. . . . :

* ( ) real () ( . ), réis () ( . ) (1 1 000 ). , (2$50) dois mil e quinhentos (réis), (5$00) cinco mil (réis). , (7$50) sete mil e quinhentos (réis). () 10 (100) , dez mil (réis), cem mil (réis).

TEXTO SUPLEMENTAR 1

MÚSICA POPULAR

A música popular portuguesa é muito rica e variada, tal como é variado o espaço geográfico em que ela nasceu. Etnólogos e musicólogos estrangeiros dizem que Portugal é um dos poucos países europeus em que ainda é possível encontrar alguns exemplos de folclore genuíno, primitivo.

A rádio, a televisão, o intercâmbio entre cidade e província, e entre Portugal e o estrangeiro, provocam às vezes uma certa adulteração da música verdadeiramente popular, mas ela persiste, apesar de tudo, nas festas e romarias, no gosto do público.

O compositor Lopes Graça tem dedicado muita atenção ao folclore português e algumas das suas composições são baseadas nele. O mesmo se dá com o guitarrista Carlos Paredes. Além disso, alguns grupos musicais modernos têm procurado inspirar-se na música, nos cantares e danças folclóricas.

As danças mais conhecidas (sempre ou quase sempre acompanhadas de canto) são o vira do Minho, o fandango do Ribatejo, o corridinho do Algarve. Qualquer delas é muito alegre e movimentada e obtém sempre muitos aplausos em festivais de folclore realizados em Portugal ou no estrangeiro.

Muito apreciadas também são as canções da Beira Baixa e as do Alentejo. As primeiras são sentimentais ou.irónicas e alternam ritmos rápidos e dolentes. Há quem considere o folclore da Beira Baixa semelhante ao russo.

As canções alentejanas são geralmente dolentes, melancólicas, nobres. Os corais alentejanos são inconfundíveis com quaisquer outros. Os homens ou as mulheres que os constituem cantam abraçados uns aos outros balançando-se num grande movimento ondulante a imitar o ondular de uma seara de trigo. Cantadas ao ar livre nas noites quentes e calmas de Verão, as melodias alentejanas causam uma impressão inesquecível em quem as ouve.

Os portugueses têm um grande carinho pelo seu folclore e cantam-no muitas vezes em companhia de amigos.

Eis algumas das quadras mais apreciadas:

Minho

Meninas, vamos ao vira,
Que o vira é coisa boa.
Eu já vi dançar o vira
Às meninas de Lisboa.

Beira Baixa

Era ainda pequenina,
Acabava de nascer,
Inda mal abria os olhos,
Já era para te ver.

Ribatejo

Ó, minha amora madura,
Diz-me quem te amadurou.
Foi o sol, foi a geada
E o calor que ela apanhou.

O fado, cujas origens remotas são ainda controversas, canta-se de norte a sul do país. Mas o fado começou a cantar-se na cidade um em Lisboa e outro em Coimbra acompanhados sempre à viola e à guitarra. O fado tipicamente lisboeta é uma canção muito sentimental, nostálgica, dramática ou, então, mais ligeira, terna, satírica.

Os grandes intérpretes deste género são, cada qual no seu estilo, a Amália Rodrigues, o Carlos do Carmo, o Rodrigo.

O fado-canção de Coimbra é uma balada sentimental que canta, geralmente, os amores entre os estudantes e as "tricanas" (figuras femininas do povo que vestem tradicionalmente o xaile preto). As serenatas organizadas pelos estudantes (ou antigos estudantes) nas noites de Verão, atraem grande número de turistas nacionais e estrangeiros.

Os intérpretes mais apreciados do fado foram, para além de Carlos do Carmo, Luís Gois e José Afonso, recentemente falecido, e autor da canção ligada à Revolução de Abril "Grândola, Vila Morena".

34. 2, , :

VOCABULÁRIO

apito m corpo de baile
arco-íris m desentupir vt
assobio desfraldar vt ()
banda militar desmanchar vt . , ,
chaleira f  
elucidar vt , majorette f ( )
estirpe f , , estremecer vi .
pacovice f , executante m, f
pela certa fantochada f . , ,
pigarro m prestidigitação f ,
grude m prodigalidade f
holofote m semanas a fio
jorrar vt . , urro m ,

TEXTO SUPLEMENTAR 2

Fernando Namora

CAVALGADA CINZENTA

(Excerto)

Não havendo lugar, semanas a fio, nos principais espectáculos de Nova Iorque, Nino dissera-me:

- Ao menos, para fazer ideia do que é o music-hall americano, vá ao Radio City. Aliás, o tipo de espectáculo elucidá-lo-á sobre o gosto do público médio.

O Radio City, para não desmanchar a hiperbolia nova-iorquina, apresenta-se com a legenda (por fim banalizada) de a maior sala de espectáculos do mundo: seis mil e duzentos lugares sentados. Mas até parece mais. Quem entra no átrio, de largueza desaproveitada com prodigalidade, sobe as escadarias e vê afastar-se o cortinado negro de uma das portas do balcão, julga-se num estádio desportivo. O palco, também imenso, é lá ao fundo, longe, tudo longe.

A sala nem por isso está muito composta de público, o que permite atentar melhor nas pessoas. Gente de meia-idade, ou daí para cima.

Cada programa do Radio City consta de um filme em estreia e de um espectáculo de variedades, no qual, com maior ou menor desarmonia, se integra um chamado "corpo de baile", de coristas afinadinhas, o "grande órgão" de estirpe do que, há anos, tivemos no S. Jorge e a orquestra sinfónica privativa, que, decerto, tem executantes de primeira, virtuosos que aparecem e desaparecem no palco de prestidigitação, sob holofotes a jorrarem arco-íris, e mais coisas nesse estilo.Uma pacovice em lentes de aumentar.

O filme não enganava ninguém: vamos vê-lo pela certa qualquer dia em Lisboa. Tive pena de que em tal fantochada participasse um actor como Jason Robards. Quanto ao espectáculo de music-hall, o seu título era Black Tie como podia ser outro, havia um solista romântico que se pegava ao palco como grude, um tal Tom McKinney com voz, gestos e o mais dos tempos em que era obrigatório repetir muitas vezes a palavra "heart" e se levava simultaneamente a mão ao peito, havia umas coisas dançadas e, isso sim, o apoteótico número das majorettes, a banda militar e a bandeira americana desfraldada. A sala fervia de aplausos, assobios, urros. Estávamos, de facto, num estádio, com o Pele a meter golo. Sobretudo as velhas senhoras. E o neurótico que, durante o espectáculo, mudara de cadeira e de fila uma porção de vezes, levando o tempo a estremecer com a cabeça e a desentupir a garganta de um pigarro que soava ao apito de uma chaleira.

8. Oitava lição

: Feiras e exposições





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: 2015-11-05; !; : 504 |


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