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AS EVOCAÇÕES




DEFINIÇÃO DE EVOCAÇÃO: é a comunicação do Espírito feita mediante o chamamento do ser vivente (médium ou não).

 

MECANISMO DA EVOCAÇÃO: feita a questão: Como os Espíritos espalhados nos diversos mundos podem ouvir o nosso chamamento? Resposta: Freqüentemente são prevenidos pelos Espíritos familiares que nos cercam. É difícil explicar-se o fenômeno, porque ainda não somos capazes de compreender o modo de transmissão do pensamento entre os Espíritos. Pode-se explicar da seguinte maneira: o Espírito que evocamos, por mais longe que esteja, recebe, por assim dizer, o contragolpe do pensamento, como uma espécie de choque elétrico que chama sua atenção para o lado de onde vem o pensamento a ele dirigido. Podemos dizer que ele ouve o pensamento, como na terra ouvimos a voz (1).

 

ESPÍRITOS QUE SE PODEM EVOCAR: todos os Espíritos, de qualquer grau da escala a que pertençam, podem ser evocados. Tanto os bons como os maus; tanto os que deixaram a vida há pouco, como os que viveram nos tempos mais recuados; tanto os homens ilustres, como os mais obscuros; nossos parentes, nossos amigos e os que nos são indiferentes; mas nada foi dito a respeito de eles quererem ou poderem responder ao nosso apelo. Obs.: pode evocar-se também o Espírito de uma pessoa viva (1).

 

A IDENTIDADE DOS ESPÍRITOS: a questão da identidade dos Espíritos, depois da obsessão, é uma das maiores dificuldades do Espiritismo prático; de resto, em muitos casos, a identidade absoluta é uma questão secundária e sem importância real. A identidade do Espírito de personagens antigas é a mais difícil de averiguar; é muito mais fácil averiguar-se a identidade quando trata-se de Espíritos contemporâneos, dos quais conhecemos o caráter e os hábitos, porque são precisamente por esses hábitos, dos quais ainda não tiveram tempo de libertar-se, que eles se fazem reconhecer, e podemos dizer que este é mesmo um dos sinais mais certos da identidade (2).

UTILIDADE DAS EVOCAÇÕES: o Espiritismo tem-nos ensinado que tudo o que fazemos deve ser para uma finalidade útil e séria em prol da humanidade. Às vezes evocamos determinado Espírito, a fim de valer- nos de sua experiência, isto porque as comunicações que se obtêm dos Espíritos muito superiores, ou daqueles que animaram as grandes personagens da antigüidade, são preciosas pelo alto ensinamento que encerram. Esses Espíritos adquiriram um grau de perfeição que lhes permite abraçar uma esfera de idéias mais extensa, penetrar mistérios que ultrapassam a alçada vulgar da humanidade e, por conseqüência, iniciar-nos melhor que os outros em certas coisas (1).

EVOCAÇÕES DOS ANIMAIS: algumas pessoas evocaram animais e estes lhes responderam. Há uma possibilidade científica? No estudo que fizemos sobre a mediunidade nos animais isto não é possível, mas acrescentemos algo: “Depois da morte do animal, o princípio inteligente que havia nele fica em estado latente”; esse princípio é imediatamente utilizado por certos Espíritos encarregados desse cuidado para animar de novo os seres nos quais continua a obra de sua elaboração. Assim, no mundo dos Espíritos, não há Espíritos de animais errantes, mas somente Espíritos humanos (1).

 

PERGUNTAS:

1 - Qual o mecanismo da evocação?

2 - Por quais critérios identificam-se os Espíritos?

3 - Qual a utilidade das evocações particulares?

4 - Como dialogar com os Espíritos?

 

BIBLIOGRAFIA:

(1) Kardec, A. O Livro dos Médiuns, cap. XXV.

(2) Kardec, A. O Livro dos Médiuns, cap. XXIV.

 

 

PSICOGRAFIA

HISTÓRICO: o primeiro meio empregado foi o das pranchetas e o das cestinhas munidas de um lápis, cestinha giratória. Vários outros dispositivos foram imaginados para atingir o mesmo fim. O mais cômodo é chamado de cestinha de bico. Em lugar da cestinha, algumas pessoas servem-se de uma mesinha. O processo, sendo racional e científico, evolui e o médium acaba escrevendo com a própria mão (1).

DEFINIÇÃO DE PSICOGRAFIA: é a faculdade de os médiuns, sob a atuação de Espíritos comunicantes, escreverem com a própria mão, ou, conforme o desenvolvimento mediúnico, com ambas as mãos, ao mesmo tempo. Há casos em que o médium não toma nenhum conhecimento do que escreve e, às vezes, enquanto o faz, conversa com os assistentes (2).

PSICOGRAFIA MECÂNICA: o que caracteriza o fenômeno nessa circunstância é que o médium não tem a menor consciência do que escreve; a inconsciência absoluta, nesse caso, constitui o que chamamos médiuns passivos ou mecânicos. Essa faculdade é preciosa pois não pode deixar nenhuma dúvida sobre a independência do

pensamento de quem escreve (1).

 

PSICOGRAFIA INTUITIVA: nessa situação o médium tem consciência do que escreve, emboranão sejam suas as idéias escritas; ele é o que chamamos de médium intuitivo (1).

PSICOGRAFIA SEMI-MECÂNICA: no médium puramente mecânico o movimento da mão é independente da vontade; no médium semi-mecânico, o movimento é voluntário e facultativo. O médium semi-mecânico participa de dois outros movimentos: ele sente um impulso dado à mão sem que o queira, mas ao mesmo tempo tem consciência do que escreve, à medida que as palavras se formam. No primeiro, o pensamento segue o ato de escrever; no segundo, ele o precede, no terceiro, ele o acompanha. Esses últimos médiuns são os mais numerosos (1).

PSICOGRAFIA POR INSPIRAÇÃO: toda a pessoa que, seja no estado normal, seja no estado de êxtase, recebe, pelo pensamento, comunicações estranhas às suas idéias preconcebidas, pode ser colocada na categoria de médiuns inspirados; é, como vemos, uma variedade da mediunidade intuitiva, com a diferença de que a intervenção de um poder oculto aí é ainda bem menos sensível, porque no inspirado ainda é mais difícil destinguir-se o pensamento próprio do que é sugerido (1).

 

PERGUNTAS:

1 - Que é psicografia?

2 - Qual o mecanismo da psicografia mecânica e o da semi-mecânica?

3 - Qual a diferença entre médium intuitivo e inspirado?

4 - Qual a importância da psicografia?

5 - Escolha um tema e faça um exercício de psicografia.

 

BIBLIOGRAFIA:

(1) Kardec, A. O Livro dos Médiuns, caps. XIII e XV.

(2) Paula, J. T. Dic. Enc. de Esp. Metapsíquica e Parapsicologia.

 

PSICOFONIA

DEFINIÇÃO DE PSICOFONIA: comunicação pela voz de Espírito desencarnado. Na forma automática ou indireta, caracteriza-se pelo fato de a voz fazer-se ouvir pela boca do médium; nesse caso, é o mesmo que Mediunidade de Incorporação. Na forma direta, caracteriza-se pelo fato de a voz fazer-se ouvir sem o concurso da boca do médium. Nesse caso; é o mesmo que Mediunidade de Voz Direta (1).

PSICOFONIA CONSCIENTE: é o fenômeno da psicofonia consciente ou o trabalho dos médiuns falantes. “Embora senhoreando as forças de Eugênia, o hóspede enfermo do nosso plano permanece controlado por ela, a quem se imana pela corrente nervosa, através da qual estará nossa irmã informada de todas as palavras que ele mentalize e pretenda dizer. Notamos que Eugênia afastou-se do corpo, mantendo-se junto dele, à distância de alguns centímetros, enquanto, amparado pelos amigos que o assistem, o visitante sentava-se rente, inclinando-se sobre o equipamento mediúnico ao qual se justapunha, à maneira de alguém a debruçar-se numa janela” (2).

MÉDIUNS FALANTES: o médium falante exprime-se geralmente sem consciência do que diz, e, freqüentemente, ele diz coisas completamente fora de suas idéias habituais, de seus conhecimentos e mesmo da alçada de sua inteligência. Conquanto esteja perfeitamente desperto e no estado normal, ele conserva raramente a lembrança do que disse; em suma, a palavra nele é um instrumento com o qual uma pessoa estranha pode entrar em comunicação (3).

PSICOFONIA SONAMBÚLICA: “A médium desvencilhou-se do corpo físico, como alguém que se entregava a sono profundo, e conduziu consigo a aura brilhante de que se coroava... A médium era um instrumento passivo no exterior, entretanto, nas profundezas do ser, mostrava as qualidades morais positivas que lhe eram conquista inalienável, impedindo aquele irmão de qualquer manifestação menos digna” (2).

PSICOFONIA COMPARADA: “Indubitavelmente, ponderou meu colega, observamos singular diferença entre as duas médiuns que caíram em transe. Tenho a idéia de que, na psicofonia consciente, Dona Eugênia exercia um controle mais direto sobre o hóspede que lhe utilizava os recursos, ao passo que Dona Celina, embora vigiando o companheiro que se comunica, deixa-o mais à vontade, mais livre...”(2).

 

PERGUNTAS:

1 - O que é psicofonia?

2 - Qual o mecanismo da psicofonia consciente?

3 - Qual o mecanismo da psicofonia sonambúlica?

4 - Qual a diferença entre as duas médiuns que caíram em transe?

 

BIBLIOGRAFIA:

(1) Paula, J. T. Dic. Enc. Esp. Metapsíquica e Parapsicologia.

(2) Luiz, A. Nos Domínios da Mediunidade, cap. VI e VIII.

(3) Kardec, A. O Livro dos Médiuns, cap. XIV, item 166.

 





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