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Por que os médiuns, quase em sua generalidade, apresentam distúrbios afetivos?




Há alguma semelhança entre a depressão e a mediunidade atormentada?

Antes de mais nada é preciso que se defina o que seja depressão e o que se entender por mediunidade atormentada. Sem esse entendimento estaremos nos referindo a conceituações leigas, não necessariamente dentro dos aspectos que um estudo como esse pretende.

A expressão depressão encontra-se em voga na atualidade, usando-a não só no seu sentido verdadeiro, como também, no aspecto de stress ou mesmo no de esconder a verdadeira sintomatologia do indivíduo (alcoolismo, viciações, distúrbios de personalidade, etc.). Leigamente, depressão significa tristeza, qualquer sentimento associado a contrariedade. No sentido patológico, o seu significado é mais amplo e suas nuanças das mais variadas. Depressão é um estado psíquico onde a criatura apresenta-se triste, sem interesse para as coisas que antes realizava ou buscava, além de falta de energia. Geralmente, ela é acompanhada de falta de apetite, insônia, perda do interesse sexual e da capacidade de trabalho. Nas suas formas mais graves, associa-se a um sentimento de ruína, um desejo de morte e até de autoextermínio, chegando, nas melancolias involutivas, ao desinteresse tão grande da vida associado com conteúdo delirantes, que a criatura passa a acreditar ter partes do corpo mortas ou que ele próprio já morreu, passando o organismo a não absorver os nutrientes a ele oferecido. Algumas vezes, a depressão pode se apresentar mascarada, ocultando o sentimento de tristeza, deixando como forma de expressão a ansiedade ou diversos sintomas psicossomáticos, dando a impressão de uma verdadeira doença orgânica.

Esses processos depressivos podem ter as causas mais variadas, desde os distúrbios neuroquímicos, passando por patologias orgânicas e situações traumáticas, até as questões espirituais, em especial, as obsessivas.

Do ponto de vista espiritual, na sua condição mais íntima, o deprimido é uma criatura rebelde, ele não aceita os limites que a vida lhe impõe, recusa-se a aceitar suas provas e posiciona-se contra a divindade ao ver seus desejos ou vontades negados pela vida. Prefere morrer psiquicamente (apatia e a hipobulia) ou fisicamente (autoextermínio ou o suicídio indireto)a viver conforme a Lei.

A expressão mediunidade atormentada leva-nos a pensar em diversas situações, nas quais a criatura portadora da faculdade mediúnica vê-se em sofrimento com a manifestação da mesma. Pode ocorrer nos médiuns iniciantes, onde a mediunidade de prova ou expiação carreia energias espirituais mais difíceis, oriundas de outras vivências da criatura. Surge, também, naqueles que recusam-se ao exercício da mesma por rebeldia ou preconceito; nos que trazem sua mediunidade vinculada a processos espirituais de ódio e vingança, com presença de entidades obsessoras; nas mediunidades associadas a patologias mentais, propiciando campo para as entidades sofredoras e zombeteiras; e nos casos em que o sensitivo abandone o seu trabalho de intercâmbio sem motivos justos, para seu bel prazer, onde a culpa, o compromisso assumido e a retenção dessas energias associadas a processos obsessivos provocarão as manifestações tormentosas.

Dentro desse leque de opções, tanto no sentido da depressão quanto no caso da mediunidade atormentada, poderemos encontrar vários pontos de intercessão entre a mediunidade conturbada e os processos depressivos. Necessariamente, estes últimos não têm que ser acompanhados da primeira, mas a mediunidade atormentada sempre apresentará aspectos depressivos.

Na presença de sintomatologia que identifique a depressão é importante que se procure um especialista que possa diferenciar os dois processos, introduzindo medicamentos e terapêuticas quando necessárias ou orientando para casa espírita e os tratamentos que se façam imprescindíveis ou, ainda, associando-os quando preciso.

No caso dos médiuns que se recusam a exercer sua faculdade mediúnica, numa expressão clara de rebeldia, provavelmente o processo depressivo estará presente ou se instalará, devido a postura rebelde da individualidade.


Por que os médiuns, quase em sua generalidade, apresentam distúrbios afetivos?

Novamente, é preciso definirmos o que seja distúrbios afetivos, pois esse é um termo clínico, aceito nos meios acadêmicos, que identifica os quadros psicopatológicos caracterizados pela presença de alterações de humor desde os processos depressivos até os de mania (onde a criatura encontra-se em estado doentio de euforia) ou na presença de ambos intercalados ou simultâneos. Dentro desse ponto de vista, não é verdadeiro que os médiuns, em sua generalidade, sejam portadores de distúrbios afetivos.

Na realidade, a grande maioria dos médiuns são criaturas em processo de retomada da caminhada evolutiva, individualidades que se apresentam comprometidas com as leis morais, portadores de sérios distúrbios na área das emoções e dos sentimentos, tornando-os indivíduos afetivamente desequilibrados.

Esse desequilíbrio pode ser explicado, por outro lado, pela própria faculdade mediúnica, onde o intercâmbio vibracional sendo mais ostensivo provoca graves distorções nas manifestações afetivas dessas criaturas. Muitas das chamadas alterações de humor seriam de outros espíritos, que ao se vincularem àquele médium, fariam-no exteriorizar sentimentos não necessariamente presentes no seu campo psíquico, naquele momento.

Outro fator, merecedor de estudos mais profundos, seria a condição de organicidade da mediunidade. Certamente, existem estruturas, mediadores e mecanismos cerebrais, ainda pouco conhecidos por nós, dirigidos pelos centros vitais do perispírito, que interfeririam na condição emocional dos médiuns facilitando esses desequilíbrios.

O cérebro é simples computador que, estimulado eletroquimicamente, decodifica esses sinais, dando a consciência dos mais diversos fenômenos, sensações e sentimentos, que a criatura encarnada possa apresentar. Assim, para que o médium possa decodificar e expressar conscientemente as impressões recolhidas, durante o intercâmbio mediúnico, provavelmente, é necessário que sejam manipulados os canais cerebrais identificadores dessas mesmas vivências. Ou seja, é bem provável, que o mecanismo mediúnico envolva os mesmos mediadores químicos responsáveis pela depressão, quando da presença de um espírito deprimido, no campo de comunicação do medianeiro.

Esse mecanismo facilitaria alguns tipos de desequilíbrios emocionais para o sensitivo, no entanto, a presença da predisposição íntima para essas mesmas vivências só fará agravar as influenciações e os processos psíquicos doentios do médium serão de maior intensidade.





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