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Os portadores de mediunidade apresentam um campo mental e cerebral propício às depressões? Por que?




Essa pergunta, dentro dos conhecimentos que possuímos não pode ser respondida claramente, já que são ainda desconhecidos os campos mentais e cerebrais dos médiuns. Entretanto, dentro do bom senso de que a mediunidade é uma faculdade neutra, não responsável pelos quadros psicopatológicos instalados nos médiuns, quando da ausência de obsessão, como afirma-nos Kardec em O Livro dos Médiuns, podemos verificar na prática dos consultórios psiquiátricos e dos centros espíritas, que nos é permitido ponderar que a faculdade mediúnica não predisponha ao ser viver essas formas doentias de sentir só por sua presença.

Existem medicações antidepressivas que atuam no psiquismo mediúnico neutralizando-o ou excitando-o? Pode citar exemplos? Qual influência tem o Lítio no psiquismo mediúnico?

Dentro das informações mais objetivas acerca da ação dos psicotrópicos no aparelho mediúnico, não temos nenhuma orientação específica sobre os antidepressivos.

Na realidade, temos relatos de alguns espíritos sobre a ação de tranquilizantes nos canais mediúnicos. Afirmando-nos alguns orientadores que os tranquilizantes maiores, usados para o tratamento das psicoses, tais como o haloperidol, a clorpromazina, a tioridazina, são capazes de bloquearem os canais mediúnicos, reduzindo a possibilidade da ação dos espíritos obsessores.

Por outro lado, os tranquilizantes originados dos benzodiazepínicos, além de diminuírem o grau de consciência da criatura, abririam aqueles canais, deixando os usuários desses produtos à mercê dos seus inimigos espirituais e até de influenciações outras de caráter medianímico.

Tais informações merecem nossa consideração, apesar de não termos ainda a confirmação através do controle universal dos ensinamentos dos espíritos ou de pesquisas bem orientadas. Na prática, parece-nos serem lógicas e confiáveis.

Os antidepressivos são medicamentos que excitam a individualidade, predispondo-a a participar mais ativamente da própria vida; esse mecanismo excitatório poderia ser facilitador do processo mediúnico. Esse pensamento, porém, é parte de nossas reflexões, ficando para outros observadores levantarem informações mais precisas.

Quanto ao lítio, ele não é um psicotrópico propriamente dito, é um sal que foi descoberto estar em menor quantidade no organismo dos portadores de depressão, mas muito mais nos casos de mania e nos transtornos bipolares do humor. Por si mesmo não tem ação excitatória ou depressiva sobre a criatura, participando da estrutura de neuro-transmissão. Mesmo no campo médico, as informações sobre as ações do lítio no mecanismo do controle do humor ainda carecem de comprovações e melhor compreensão, o que nos leva a ver a precariedade de qualquer avaliação sobre essa substância em relação a mediunidade.

Um médium em crise depressiva aguda deve afastar-se do exercício mediúnico? Em caso afirmativo: por que? E por quanto tempo?

Como dissemos em outras respostas, existem depressões e depressões, ou seja, graus dos mais variados, precisando que seja feito um diagnóstico claro do quadro para uma posterior orientação ao médium. Para isso, é necessário procure-se um profissional da área, conhecedor da Doutrina Espírita, capaz de orientar em ambos os sentidos.

Nos seus graus mais simples, nos processos reativos, quando a criatura apresenta sintomas depressivos por problemáticas do cotidiano, sem ter a perda da capacidade de raciocínio e de trabalho, onde a depressão não impede as atividades diárias, acreditamos não haja necessidade de um afastamento do trabalho mediúnico.

Nos quadros agudos, onde ocorre uma desvitalização do medianeiro, com perda parcial ou total e temporária de sua condição normal, seria interessante um afastamento pelo menos por igual período do comprometimento, para evitar o desgaste psíquico e energético do mesmo, não o afastando, porém, de atividades doutrinárias outras capazes de auxiliá-lo em sua recuperação, como reuniões de estudos, utilização da fluidoterapia e atividades assistenciais.

Nos quadros mais graves, em especial, naqueles com presença de sintomas psicóticos é totalmente contra-indicada a participação em reunião de intercâmbio mediúnico. Se o doente já frequentava a atividade deve ser afastado, mantendo-se em tratamento a distância, somente retornando em quadro de franca recuperação e por orientação de profissional espírita e dos orientadores dessas reuniões. Os pacientes que precisam manter-se no uso de anti-psicóticos por tempo indeterminado e cuja sintomatologia comprometa sua condição orgânica e mental, devem ser orientados a procurarem outro tipo de atividade doutrinária mais condizente com a sua situação atual.

Eacute; importante frisarmos que as reuniões de intercâmbio deveriam servir para a assistência aos desencarnados e não para o atendimento aos encarnados. A equipe mediúnica deve ser como uma equipe médica, na terra, afinada em seus propósitos e capacitada para o atendimento. O desequilíbrio de um dos seus participantes pode perturbar todo o grupo, afastando-o do seu real objetivo.

Um fato que precisa de reflexão, por parte da comunidade espírita, é sobre a dificuldade que os espiritistas, em sua maioria, têm de aceitarem procurar um psiquiatra ou psicólogo, quando diante de uma problemática no campo emocional. É claro, que existe um grande preconceito por parte da própria pessoa, mas, também, pelos companheiros de Casa Espírita, embasado num orgulho e vaidade, que não são condizentes com a nossa necessidade de reforma íntima. Esse tipo de ação só dificulta a recuperação da criatura. A mediunidade não é panaceia. Vemos muitos dirigentes e espíritas indicarem o desenvolvimento mediúnico para qualquer um, por qualquer problema, como se o contato com as entidades espirituais fosse suficiente para terminar com todas as nossas mazelas.

Essa atitude (muitas vezes, cheia de melhor intenção) é por si só perigosa, quando não leviana, sendo a causadora de muitas das agressões que são dirigidas ao Espiritismo, fruto do pouco estudo e reflexão sobre tema tão importante dentro do Movimento Espírita.





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